Autor: redakcija
Datum objave: 31.03.2012
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Democracy is not a state of perfection

Antonio Tabucchi

Democracy is not a state of perfection, Tabucchi said.

 

It has to be improved, and that means constant vigilance 

 

Antonio Tabucchi

http://en.wikipedia.org/wiki/Antonio_Tabucchi

http://www.complete-review.com/authors/tabucchia.htm

http://www.thesundaily.my/news/330933

 

 

Fernando Pessoa

http://en.wikipedia.org/wiki/Fernando_Pessoa

 

fotosi i štiva

http://www.google.com/search?q=Fernando+Pessoa&hl=en&client=opera&hs=hOe&rls=en&channel=suggest&prmd=imvnsob&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=CwB3T4Bqy9GyBsy2kYgE&ved=0CEAQsAQ&biw=991&bih=637

 

ANÁLISE

Tão abstrata é a idéia do teu ser

 Que me vem de te olhar, que, ao entreter

 Os meus olhos nos teus, perco-os de vista,

 E nada fica em meu olhar, e dista

 Teu corpo do meu ver tão longemente,

 E a idéia do teu ser fica tão rente

 Ao meu pensar olhar-te, e ao saber-me

 Sabendo que tu és, que, só por ter-me

 Consciente de ti, nem a mim sinto.

 E assim, neste ignorar-me a ver-te, minto

 A ilusão da sensação, e sonho,

 Não te vendo, nem vendo, nem sabendo

 Que te vejo, ou sequer que sou, risonho

 Do interior crepúsculo tristonho

 Em que sinto que sonho o que me sinto sendo.

Fernando Pessoa, 12-1911

 

Dorme enquanto eu velo...

Deixa-me sonhar...

Nada em mim é risonho.

Quero-te para sonho,

Não para te amar.

A tua carne calma

É fria em meu querer.

Os meus desejos são cansaços.

Nem quero ter nos braços

Meu sonho do teu ser.

Dorme, dorme. dorme,

Vaga em teu sorrir...

Sonho-te tão atento

Que o sonho é encantamento

E eu sonho sem sentir.

 

Fernando Pessoa

 

Contemplo o lago mudo

 Que uma brisa estremece.

 Não sei se penso em tudo

 Ou se tudo me esquece.

 

 O lago nada me diz,

 Não sinto a brisa mexê-lo

 Não sei se sou feliz

 Nem se desejo sê-lo.

 

 Trêmulos vincos risonhos

 Na água adormecida.

 Por que fiz eu dos sonhos

 A minha única vida?

 

Fernando Pessoa, 4-8-1930

 

Não: não digas nada!

 Supor o que dirá

 A tua boca velada

 É ouvi-lo já

 

 É ouvi-lo melhor

 Do que o dirias.

 O que és não vem à flor

 Das frases e dos dias.

 

 És melhor do que tu.

 Não digas nada: sê!

 Graça do corpo nu

 Que invisível se vê.

 

Fernando Pessoa, 5/6-2-1931

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Kategorije: Književnost
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